Cardiotocógrafo: o que é, quais são os principais componentes e integração com sistema PACS

O cardiotocógrafo é amplamente utilizado na gravidez para realização do exame de cardiotocografia (CTG), que consiste em um método de avaliação do bem-estar fetal, usado durante a assistência à maternidade pré-parto e intraparto. Nesse texto será apresentado sobre esse importante equipamento médico, seus principais componentes, como realizar o exame de cardiotocografia e a possibilidade de […]

Tópicos

  • O que é o cardiotocógrafo?

  • Principais componentes do cardiotocógrafo:

  • Como realizar a cardiotocografia?

  • Integração da imagem com o sistema PACS

O cardiotocógrafo é amplamente utilizado na gravidez para realização do exame de cardiotocografia (CTG), que consiste em um método de avaliação do bem-estar fetal, usado durante a assistência à maternidade pré-parto e intraparto. Nesse texto será apresentado sobre esse importante equipamento médico, seus principais componentes, como realizar o exame de cardiotocografia e a possibilidade de integração da imagem com o sistema PACS.

  • O que é o cardiotocógrafo?
  • Principais componentes do cardiotocógrafo
  • Como realizar a cardiotocografia?
  • Integração da imagem com sistema PACS

O que é o cardiotocógrafo?

O cardiotocógrafo (também chamado de monitor fetal) consiste no equipamento médico utilizado para realizar a cardiotocografia (CTG), exame que visa monitorar a frequência cardíaca fetal, movimento fetal e as contrações uterinas de forma não invasiva, que gera imagem que pode ser visualizada tanto de forma impressa quanto digital, e até mesmo integrada com o sistema PACS do hospital (será abordado especificamente sobre essa integração ao final). Um exemplo de cardiotocógrafo é o BT-350, que você pode ver na figura 1.

[caption id="attachment_5014" align="aligncenter" width="168"] Figura 1: Cardiotocógrafo BT-350 (Para mais informações sobre o equipamento clica aqui)[/caption]

Principais componentes do cardiotocógrafo:

Os principais componentes que compõe o cardiotocógrafo são:

  • Monitor: utilizado para visualizar os resultados do monitoramento fetal, tanto de forma gráfica como representação numérica da frequência cardíaca fetal e contração uterina, como pode ser visualizado na figura 2.
[caption id="attachment_5012" align="aligncenter" width="300"] Figura 2: Demonstração do monitor do cardiotocógrafo BT-350.[/caption]
  • Transdutor de ultrassom, utilizado para mensurar a frequência cardíaca fetal. Há equipamentos médicos que possuem 2 transdutores de ultrassom, como o BT-350, que pode ser usado para monitorar gêmeos. Outra característica desses transdutores é que são à prova d’água, o que pode auxiliar em partos humanizados na água.
[caption id="attachment_4998" align="aligncenter" width="168"] Figura 3: Primeira imagem 2 transdutores de ultrassom. Segunda imagem sensor de pressão e marcador de eventos.[/caption]
  • Transdutor de pressão: utilizado para mensurar a contração uterina.
  • Marcador de eventos: utilizado para registrar o momento de eventos importantes. 

Na figura 4 abaixo estão ilustrados os principais componentes do cardiotocógrafo.

Figura 4: Cardiotocógrafo BT-350 e seus componentes. Para saber mais, clica aqui!

Como realizar a cardiotocografia?

A CTG realiza o registro visual contínuo obtido por meio de um transdutor de ultrassom que é posicionado no abdômen da pessoa grávida. Primeiramente, o cardiotocógrafo deve ser ligado e verificado se os acessórios estão conectados adequadamente ao equipamento. Para monitorar gêmeos, deve ser verificado se o segundo transdutor está corretamente conectado. Após aplicar gel no sensor do transdutor de ultrassom, deve ser posicionado no no abdômen e fixado na região determinada com o auxílio do cinto. 

Para mensurar as contrações uterinas, o sensor de pressão deve ser posicionado também no abdômen da grávida acima do fundo uterino ou onde possuir tecido materno e contrações fortes palpáveis e em seguida fixá-lo com o auxílio do cinto. Nesse sensor não é necessário o uso do gel.

[caption id="attachment_5002" align="aligncenter" width="168"] Figura 5: Simulação do posicionamento do transdutor de ultrassom e sensor de pressão.[/caption]

Em seguida já aparecerá na tela do equipamento os resultados do monitoramento da frequência cardíaca fetal, da contração uterina e do evento caso seja pressionado o botão do marcador de eventos. O registro gráfico pode ser impresso ou a imagem ser integrada com o sistema PACS. Vamos abordar esse tópico a seguir.

[caption id="attachment_5000" align="aligncenter" width="170"] Figura 6: Registro gráfico impresso em papel e registro digital visualizado no computador.[/caption]

Integração da imagem com o sistema PACS

O sistema PACS consiste em um sistema de armazenamento e comunicação de imagens médicas. Para realizar essa integração, o equipamento é configurado com o sistema PACS, após recebido a lista de agendamentos da worklist e selecionado o paciente, o exame é realizado e gravado no PACS em formato DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), que consiste no padrão para comunicação e gerenciamento de imagens médicas

informações e dados relacionados.

Figura 7: Processo de integração da imagem

O cardiotocógrafo é um importante equipamento médico que para garantir a segurança e confiabilidade deve ser gerenciado ao longo do seu ciclo de vida por profissionais habilitados e capacitados. Por isso a atuação da Engenharia Clínica é tão relevante para a realização de treinamentos, incorporação adequada, realização e implementação de um programa de manutenção e demais intervenções técnicas, análise de falhas e de eventos adversos, entre outras atividades. 

Caso você tenha alguma dúvida sobre o equipamento BT-350, basta clicar nesse link!

Referências adicionais: 

https://macrosul.com/produto/monitor-fetal-cardiotocografo-md-hi-bebe-bt-350.html

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6510058/

https://www.ebme.co.uk/articles/clinical-engineering/cardiotocography-ctg

https://www.dicomstandard.org/

 

Texto escrito por Mariana Ribeiro Brandão, engenheira biomédica, especialista em engenharia clínica, mestra e doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina em Engenharia Elétrica na subárea de Engenharia Biomédica.

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